Gestão Democrática: caminho para a qualidade
Sabemos que o Brasil tem uma cultura de comandos autoritários baseados mais no direito da força do que na força do direito. E não é fácil mudar mentalidades formadas para a submissão, o respeito à ordem e a obediência às regras impostas. Como consequência, encontramos comportamentos mostrando a desconfiança, o desinteresse pela mudança, o conformismo, a falta de perspectivas. Vivemos numa democracia, e esse regime de governo, dá ao povo o poder de discutir, refletir, pensar e encontrar soluções e intervenções para os seus próprios problemas. Democracia é corresponsabilizar-se com os compromissos assumidos e, por isso, cabe-nos fiscalizar, acompanhar e avaliar as ações dos governantes, como também dos compromissos assumidos coletivamente.
A gestão democrática, amparada pela Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e também pelo Plano Nacional de Educação, significa a autonomia pedagógica e administrativa das unidades escolares. A elaboração do Projeto Político-Pedagógico da Escola acentua a importância da articulação com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola. O Projeto Político Pedagógico direciona o futuro pela modificação de diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e dar significado às atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Além do mais, a sua dimensão político pedagógica pressupõe uma construção coletiva e participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares. A escola atual precisa conquistar e ampliar cada vez mais o seu nível de autonomia. A autonomia administrativa garante à escola liberdade para elaborar e gerir os seus próprios planos, programas e projetos, considerando a sua realidade e as suas necessidades.
A escola para ser de boa qualidade precisa, construir, transmitir e produzir conhecimentos vivos, dinâmicos e atuais, sem deixar de considerar o conhecimento e o