Fronteiras De Contato

Disciplina: Psicoterapia Humanista – Graduação em Psicologia
Professora Andrea Loss
Data: 18/05/2015
Nome: Thais de Castilho Monteiro
Fronteiras de Contato

Desde o corte dos nossos cordões umbilicais, cada um de nós se tornou um ser separado, procurando a união com aquilo que é outra coisa, que nós mesmos. A função que sintetiza a necessidade de união e de separação é o contato. Através do contato, cada pessoa tem a chance de se encontrar com o mundo exterior de uma forma promovedora. Durante a vida inteira nós enganamos o equilíbrio entre a liberdade ou separação, por um lado, e a posse ou união, por outro. Casa um de nós deve possuir algum espaço psicológico dentro do qual nós somos os nossos próprios mestres, e para qual algumas pessoas podem ser convidadas, mas que ninguém deve invadir.
Contato não é simplesmente companhia ou agrupamento. Ele só pode acontecer entre seres separados, sempre exigindo independência e sempre se arriscando a ser capturado na união. Sendo considerado o sangue vital do crescimento, o meio de modificação das pessoas e das experiências que ele tem do mundo. Acontece desde a interação com objetos inanimados até a interação com objetos animados, podendo ocorrer também, através das recordações e imagens, experienciando-as profundas e totalmente. O contato é implicitamente incompatível com permanecer igual. Através do contato, entretanto, a pessoa não precisa tentar mudar; a mudança simplesmente ocorre.
O que distingue o contato da companhia ou agrupamento é o fato de o contato ocorrer numa fronteira em que um senso de separação é mantido de tal forma que a união não ameace submeter à pessoa. Em qualquer lugar e em qualquer momento que uma fronteira vem à existência, ela é sentida tanto como contato quanto como isolamento. A fronteira em que o contato pode ser feito é um ponto pulsante de energia. A fronteira do contato é o ponto em que a pessoa experiência o “eu” em relação aquilo que não é “eu” e, através deste contato, ambos são