FORMAÇÃO DE PROFESSORES
PARA EDUCAÇÃO BÁSICA?
Helen Santana Mangueira de Souza (UFMT/CUR)
Prof. Dr. Ademar de Lima Carvalho (PPGEDU/UFMT/CUR)
Profª Drª Lindalva Maria Novaes Garske (PPGEDU/CUR/UFMT)
RESUMO
A atual configuração da formação de professores no Brasil é resultado do modelo de expansão do ensino superior implementado na década de 1990, a partir das reformas do Estado e subordinada às recomendações dos organismos internacionais. O presente artigo analisou as políticas de formação de professores vigentes no Brasil, bem como a sua concepção de formação humana e teceu alguns comentários acerca da contribuição da psicologia para uma formação crítica. A partir das análises foi possível verificar que o modelo tradicional de formação 3+1 ainda prevalece na prática, o que revela uma formação voltada para as disciplinas técnicas em oposição à formação para educação básica. O modelo de expansão baseado no ensino à distância, e na expansão do ensino privado é muito criticado. Nesse sentido torna-se necessário rever o modelo de expansão das licenciaturas e colocar em prática as reflexões já presentes nas retóricas críticas circulantes no meio educacional.
Palavras-chave: Políticas Publicas Educacionais.Políticas de formação docente.Psicologia na formação de professores.
No século XIX, após a Revolução Francesa, quando a instrução popular passou a representar um interesse social, foram criadas as primeiras escolas Normais com o intuito de formar professores para atender a essa demanda. No Brasil, a questão da formação de professores se apresenta formalmente após a independência quando se cogita da organização da instrução popular
(SAVIANI, 2009).
Desde então, o paradigma da formação de professores no Brasil passou por algumas etapas. Inicialmente, com o dispositivo da Lei das escolas de primeiras letras, os professores eram obrigados a se instruir às próprias custas, o que perdurou até o advento da