Fmi - fundo monetário internacional

Um dos assuntos propostos para nossa entrevista foram os BRICS, acrônimo que se refere aos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que juntos formam um grupo político de cooperação, mas ainda não um bloco econômico ou uma associação de comércio formal.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de uma ameaça econômica à hegemonia Norte-Americana, pelo grupo dos cinco emergentes, Carlos Carboni respondeu que a longo prazo, a tendência é que os BRICS e os países em desenvolvimento passem a responder pela maior parte do PIB global e das trocas comerciais como um todo, tendo em vista principalmente a China, maior exportador mundial. É verdade que a crise econômica internacional e a bolha imobiliária levaram à forte desaceleração da economia americana. No entanto, ainda é muito cedo falar em ameaça à hegemonia política dos EUA, que é muito forte, sobretudo em razão do seu poderio militar e todo o contexto histórico, do protagonismo à escala global desde através do Plano Marshall, até a guerra contra o terrorismo.
Ao ser abordado sobre se há chances dos BRICS se tornarem um bloco econômico, obtivemos a opinião de que atualmente, o bloco econômico prioritário para o Brasil é o Mercosul, o Mercado Comum do Sul, criado em 1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no Paraguai, tendo como membros os seguintes países : Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e Venezuela, honorariamente, dependendo da aprovação do Paraguai. As trocas comerciais Sul-Sul, inclusive entre os países dos BRICS, crescem constantemente. Há no horizonte internacional a proposta de criação de um Banco de Desenvolvimento dos BRICS, mas não a formalização de um bloco