flusser

Flusser diz logo no inicio do livro, que a comunicação humana, tem como objetivo nos fazer esquecer o contexto insignificante em que nos encontramos, querendo dizer que ocupamos um mundo solitário onde somos condenados a morte, fazendo referencia ao que ele chama de “mundo da natureza.”
Discordo quanto ao objetivo da comunicação humana, sem a comunicação, ou seja, incomunicáveis, a humanidade não teria motivos pra viver, mas não significa que a comunicação nos faz esquecer a morte ou que um dia morreremos. Ela também nos mostra que precisamos viver, ganhar dinheiro, conhecer o mundo, nos reproduzir, assim como qualquer ser vivo. Alem de também nos fazer esquecer diversos outros problemas, que não necessariamente nos levariam a morte.

O que é proposto por Flusser, é a compreensão que devemos ter quanto aos códigos de linguagem, e que podemos relacionar vários tipos de linguagens aos códigos.
Em “Linha e superfície”, por exemplo, Flusser mostra que quando lemos um livro e lemos um quadro com uma pintura, se levarmos em consideração a linguagem do tempo, sabemos que ler um quadro é muito mais rápido do que ler um livro. Pela questão de toda a estrutura encontrada em cada material, sendo assim, consigo compreender e concordar com Flusser nesse ponto, porém acredito que ainda sim, essa visão pode ser equivocada se levarmos em consideração que existem livros que são muitos mais simples do que obras de arte em geral, inclusive quadros e pinturas.
Discordo com a comparação que Flusser faz entre o texto escrito e os filmes, é claro que só conseguimos compreender a mensagem no final de cada leitura, porém, não precisamos necessariamente, ler tudo até o final para tirarmos nossas conclusões ou de repente, podemos efetuar essas leituras sem uma ordem lógica, e assim gerar diversos sentidos ao que foi passado. Se lermos um livro de trás para frente, por exemplo, a conclusão e o sentido que teremos, serão totalmente diferentes do que se lermos o mesmo livro do meio para