filosofia

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A antecipação terapêutica do parto é assunto que vem causando muita polêmica por questões éticas e até mesmo religiosas, que encaram a questão como uma afronta à ética de uma sociedade rigorosamente moralista. Diante da nossa Constituição Federal, que defende a vida como o bem maior deixa bem claro essa, que interpreta essa defesa alegando de que todos tem o direito à vida, aos recursos nela existente e à uma morte natural. Levando isso em consideração, passamos a entender então que ninguém tem o direito de interromper a vida do outro, mesmo que esse outro não tenha expectativa nenhuma de vida. Porém, como senso de justiça devemos olhar os dois lados( mãe e filho), e não mãe e sociedade moralista.
Quem se diz à favor, emite opiniões dizendo que a criminalização da antecipação do anencéfalo ofende a dignidade da mãe que também pode morrer na gravidez onde existe um risco elevado. Fora os traumas físicos, a mulher ainda tem que carregar o trauma psicológico, diante de uma situação em que saberá que a vida do seu filho não irá vingar, caso ela opte em dar continuidade a gestação.
Fora essas questões, ainda existe o fato de a mulher ter que depender do Estado e da igreja, para decidir se quer ou não sofrer, ou se ao menos ela pode antecipar o sofrimento. Porém, diante de uma sociedade doentia, que implica em retroceder e continuar como uma sociedade primitiva, prefere prolongar o trauma que essas mulheres irão carregar para o resto da vida.
Argumentando então que o Estado é laico e que religião não pode de maneira alguma influenciar numa decisão desse tipo, felizmente o STF então decidiu depois de muitos anos de discussão, que não é crime, se constatado com cem por cento de certeza o diagnóstico. Sendo assim, foi considerado que o bem jurídico da vida do anencéfalo não pode ser considerado superior a vida da gestante e a sua saúde psicológica.

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