Filosofia x Psicologia
A psicologia (assim como todos as ciências) originou do conhecimento filosófico. Basicamente numa equação, a formação da psicologia seria: Filosofia + Fisiologia. E foi nesta última, que a psicologia se diferenciou da filosofia.
Agora, sobre um ou outra ser importante ou indispensável, acredito que esta comparação (usando estes termos) é impossível, pois vivemos em um mundo regido pela transdisciplinaridade (ou multidisciplinaridade). Pode o médico realizar suas funções sem ter um pouco do conhecimento do farmacêutico? Pode o administrador realizar as suas funções sem ter uma noção de economia? Pode a psicologia ser mais importante que a filosofia? Não. Todas as ciências se interagem em algum ponto (assim como diferem em outros).
Por fim, a psicologia não é mais importante ou indispensável (embora seja mais aplicável) que a filosofia. E a filosofia não é mais importante ou indispensável só por ser a origem dos estudos. São, eu acredito, diferentes principalmente no método e no objetivo.
Existe uma forte relação entre a Filosofia e a Psicologia, podendo-se afirmar que são as ciências humanas mais próximas[1]. Os primeiros estudos sobre o psiquismo e a alma foram realizados pela Filosofia Grega, a qual observava atentamente as atividades humanas e a manifestação da alma[2]. Sendo assim, pretende-se aqui fazer uma breve análise da relação de proximidade entre a Filosofia e Psicologia, salientando: a grande afinidade que existe entre o pensamento filosófico e a Psicologia; o aprofundamento da antropologia filosófica, principalmente do psiquismo, dimensão constitutiva do ser humano; e, por fim, o autoconhecimento, que propiciará um encontro da verdade e bem que habita no interior humano.
A própria etimologia da palavra Psicologia pode ressaltar o desejo que tanto a Filosofia quanto a Psicologia tem, a saber: conhecer “O que é homem” [3]. O termo ψυχή (psyché) significa pessoa, alma humana, sentimento, caráter[4] e λόγος (lógos) significa