Fichamento

A TRAJETÓRIA SÓCIO-HISTÓRICA DA ESCOLA RURAL 1. Da Republica Velha ao ruralismo pedagógico (1889/1930)
A República no Brasil (1889), ao se instalar, estabeleceu um debate sócio-político que acabou por culminar com a vitória do liberalismo contemporâneo nas décadas de 1940/50. Confrontando setores antagônicos. a República Velha pretendeu a inserção do Brasil na modernidade do século XX, buscando no processo escolar a fonte de inspiração para esse salto qualitativo. A “República Educadora” estabeleceu a escolarização como alavanca para o progresso. , criado na sociedade brasileira da época um novo projeto de vida, o sonho da República espalhando as luzes da instrução para todo o povo brasileiro e democratizando a sociedade, considerando que a educação era um quase privilégio das camadas elevadas. no final do Império, um número significativo de congregações religiosas instalou escolas de ensino médio nas principais províncias, permitindo a escolaridade das classes medis e inferiores do meio urbano.
Mesmo a República- sob inspiração positivista/cientificista-não procurou desenvolver uma política educacional destinada á escolaridade rural. a sociedade brasileira somente despertou para a educação rural por ocasião do forte movimento migratório interno dos anos 1910/20,quando um grande número de rurícolas deixou o campo em busca das áreas onde de iniciava um processo de industrialização mais amplo.
” que, segundo a professora Eni Marisa Maia, pretendia “... uma escola integrada ás condições locais regionalista, cujo objetivo maior era promover a fixação do homem ao campo” (Maia,1982:27). Concomitante explodia a ideologia do colonialismo que, ao defender as virtudes do campo e da vida campesina, mascarava sua preocupação maior: esvaziamento populacional das áreas rurais. Ao mesmo tempo, ideologicamente, o ruralismo esteve vinculado a outras fontes sócio-políticas e culturais da época (o movimento nacionalista e o movimento católico do início do