Fichamento

Fichamentos dos textos | Ensaios autobiográficos: “entre estórias e histórias da iniciação docente” e Memorial de formação: entre a lógica da avaliação e a lógica da (auto) formação.

O memorial é considerado um rico instrumento de avaliação acadêmica, o qual é formado por uma escrita reflexiva sobre o sujeito-autor. Tal dispositivo de avaliação possui distinções em relação a outras formas de avaliar o aluno licenciando, uma das diferenças significativas existentes é exatamente a forte relação assumida com a subjetividade, uma vez que o memorial é constituído por uma escrita capaz promover uma interação entre o passado e o presente do sujeito. Nesse sentido, cabe nos questionar se é possível avaliar o aluno licenciando a partir de seu memorial.
Primeiramente precisamos entender que o memorial é um instrumento de (auto) avaliação e (auto) formação, pelo fato de proporcionar ao estudante a compreensão de suas potencialidades e fragilidades, e com isto se posicionar de maneira crítica e reflexiva diante de suas próprias aprendizagens. Vale a pena ressaltar que o objeto de estudo do memorial é a vida intelectual e profissional do sujeito, nesse sentido, é possível que com ele o autor resgate sua história a partir dessas duas dimensões.
Segundo Passegi, o memorial consiste em comentar interesses epistemológico, metodológico e político, para assim tecer provocações que ampliem o diálogo sobre as potencialidades desse dispositivo de avaliação e formação, fundamentado na subjetividade de quem o escreve. No âmbito epistemológico, o memorial se configura entre a lógica conteudista e lógica reflexiva, ou seja, o autor relaciona os conteúdos acadêmicos com os saberes adquiridos ao longo de sua trajetória de vida. Já para o ponto de vista metodológico o memorial possibilita enxergar o autor como um sujeito do conhecimento, pois o ele irá escrever sobre suas aprendizagens adquiridas ao longo do tempo. Mas, vale ressaltar que essa escrita deverá ser orientada por alguém mais