Fichamento

RIO+20: Um Misto de Satisfação e Insatisfação
Bruno Elinton Guimarães de Araújo¹
Kevin de Souza Guimarães²
Com o objetivo estabelecer metas para um futuro social e economicamente mais sustentável de se viver, a Rio+20, cúpula que reuniu líderes e representantes de diversos países encerrou a sua longa e por sinal ineficiente jornada de discussões em meio a críticas e insatisfação por parte de ativistas e simpatizantes da chamada economia verde, mas também contou com a sensação de sucesso demonstrada pelos representantes da maioria dos países.
Pautada sobre o título “O futuro que queremos”, o documento apresentado durante o evento abordava questões que iam desde a erradicação da pobreza até o aquecimento global conseguindo arrancar do secretario geral da ONU Ban Ki-moon elogios, afirmando inclusive que se tratava de um "bom documento, uma visão sobre a qual podemos construir nossos sonhos".
Se por um lado a reunião acabou resultando no de consenso dos líderes de estado e consequentemente na sensação de dever cumprido , por outro, a camada social sustentada por ambientalistas e pessoas ligadas aos direitos humanos que lutam por uma sociedade fundamentada no respeito a natureza e nos direitos civis, acabou se sentindo decepcionada com o resultado da cúpula. Segundo Kumi Naidoo da Organização do Greenpeace Internacional o acordo firmado é "abstrato e não corresponde à realidade".
Não bastasse tudo isso, alguns dos próprios integrantes da reunião não se satisfizeram plenamente com o texto base proposto, foi o caso por exemplo da ex-presidente chilena Michelle Bachellet e da secretária de estado americano Hillary Clinton, que se sentiram insatisfeitas com a retirada de uma parte do documento que fazia menção aos direitos da mulher sobre a reprodução, considerada pelo Vaticano como um incentivo ao aborto.
Infelizmente, o que era pra ter sido uma ótima oportunidade para se dar uma resposta mais efetiva no âmbito ambiental – um dos grandes focos da cúpula, acabou