Fichamento História em Migalhas

Prefácio à edição Brasileira

“O contexto de crise e de fragmentação da nova história dos Annales, pressentido pela A História em migalhas, remonta ao princípio dos anos 80.” (pág.8)
“A primeira reação do núcleo dirigente dos Annales foi a negação da crise. Procurando reparar as brechas do edifício fissurado, estabeleceu-se que jamais se faria referência a A História em migalhas.” (pág.8)
“Se por um lado, Jacques Le Golf acredita que pode existir uma crise no condicional, ela se deve somente a dois fatores: primeiro é o próprio sucesso dos Annales, e o segundo é externo à disciplina da história. Ele limita a aplicação da noção de crise às outras ciências sociais, sem dar-se conta que o programa inicial dos Annales, que sempre consistiu em alimentar-se das ciências sociais, inevitavelmente joga os historiadores no tempo das dúvidas. (pág.9)
“... pode-se afirmar que A História em migalhas, embora retrace a história dos Annales em seu aspecto estratégico, o fez de maneira eufemizada... injustiças foram cometidas aqui e ali.” (pág.10) “A revista Annales engaja-se, portanto, a partir de 1988-89 numa direção radicalmente diferente do período que a precede.” (pág.12)
“O presente sofre uma perda de sentido porque ele se situa entre um passado que não se deseja reproduzir e um futuro opaco. Deve-se impedir que o horizonte de expectativa se evanesça e graças a uma hermenêutica histórica, “tornar nossas expectativas mais determinadas e nossa experiência mais indeterminada.” “(pág.14) “O momento de reflexão por que passa a disciplina histórica exige um olhar interpretativo não apenas sobre os objetos do ofício de historiador, mas também sobre as evoluções de sua escritura. A historicização do paradigma dos Annales que é A História em migalhas participa dessa nova consciência historiográfica.” (pág.16)
“... a disciplina histórica se reengaja com uma função relacionada ao agir, à dívida ética com o passado.”(pág.16)
“A função da história continua portanto viva e o