Fichamento Cidadania no Brasil

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

Veremos, a seguir, uma definição de cidadania bem clara e como esse processo foi instalado no Brasil. O autor nos mostrará todos os caminhos percorridos pela política brasileira dos dias do Brasil Colônia aos dias atuais.

CAPÍTULO UM - Primeiros passos. A cidadania se tornou um conceito comum após o fim da ditadura em 1985. Página 7. “... 15 anos passados desde o fim da ditadura, problemas centrais de nossa sociedade, como a violência urbana, o desemprego (...) e as grandes desigualdades sociais e econômicas ou continuam sem solução, ou se agravam, ou, quando melhoram, é em ritmo muito lento. (...) Os próprios mecanismos e agentes do sistema democrático, como as eleições, os partidos, o Congresso, os políticos, se desgastam e perdem a confiança dos cidadãos.” A falta de perspectiva em curto prazo é um problema a ser resolvido, considerando a possível tentação de abandonar esse sistema “cidadão” em busca de novas soluções. Ter alguns direitos não assegura a existência de outros. Página 8. O cidadão pleno seria aquele com direitos civis, políticos e sociais. Direitos civis: à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei. Direitos políticos: participação do cidadão no governo da sociedade. Na maior parte das vezes é o direito ao voto. Página 9. Direitos sociais: participação na riqueza coletiva, educação, trabalho, saúde, aposentadoria. Os direitos sociais podem existir sem os direitos políticos, tal qual como no socialismo, onde o povo deixa de lado seu poder de escolha sob a premissa de direitos sociais. Página 10. Um direito puxa o outro. Na Inglaterra, surgiram primeiro os direitos civis, e neles os ingleses quiseram votar. Com essa participação, surgiu o partido trabalhista, que foi quem reivindicou direitos sociais. Quanto mais educação, mais cidadania, uma pessoa ignorante não tem consciência de seus direitos ou deveres