Fernão Lopes

Fernão Lopes (1380 – 1459)
Pensa-se que nasceu em Lisboa, não sendo originado numa família nobre. Fernão Lopes poderia ter frequentado o Estado Geral. Foi um verdadeiro narrador artista, preocupava-se com a beleza da forma e não apenas com a verdade do conteúdo.
Em 1418 era guarda-mor da Torre do Tombo (“O Arquivo Nacional da Torre do Tombo é um arquivo central do Estado que guarda documentos originais desde o séc. IX até à actualidade) e aí se manteve até 1454.
Sabe-se que em 1418 desempenhava funções de escrivão dos livros para D. Duarte, D. João I e D. Fernando. Em 1454, D. Afonso V substitui-o por Gomes Eanes de Zuraca nas suas funções de guardador das escrituras da Torre do Tombo, pela sua avançada idade.
Sabe-se que em 1439 comprou em Aldeia Galega uma propriedade, assim como em Lisboa e em Alfama.
Casou-se com Mor Lourenço que, que se saiba, teve apenas um filho.
Fernão Lopes foi carregado por D. Duarte, antes de 1434, de elaborar a Crónica Geral do Reino de Portugal. Para a elaboração desta obra socorreu-se Fernão Lopes, principalmente, de textos historiográficos anteriores, a partir dos quais elaborou os textos referentes aos primeiros sete reis de Portugal. Destas crónicas, dadas como perdidas e apenas presentes nos aproveitamos que delas fizeram Duarte Galvão e Rui de Pina, foram encontradas cópias.
Fernão Lopes fez alguns prólogos/crónicas, entre eles são: “Prólogo. Crónica de D. Fernando”; “Prólogo da I Parte da Crónica de D. João I”; “Prólogo da II Parte da Crónica de D. João I”; “Prólogo da Crónica de D. Pedro”.
Fernão Lopes deu a Portugal o conhecimento de uma nova concepção da História, marcada sobretudo pela imparcialidade que ele se esforçou por manter.