Farmacologia

PROCESSOS PATOLÓGICOS DE CALCIFICAÇÃO

Dulce Constantino
São depósitos de sais de cálcio, juntamente com quantidades menores de ferro, magnésio e outros sais minerais, e que ocorrem em tecidos não programados geneticamente para recebê-lo.
Essa

calcificação

anormal

pode

ocorrer

em

tecidos

normais

(calcificação metastática) ou em tecidos necrosados (calcificação distrófica).
A - Calcificação distrófica: muito comum em áreas de necrose caseosa ou de liquefação. A explicação para que ela ocorra é que em processos crônicos de necrose há um influxo maior de cálcio para o interior da célula, e este se combina com radicais fosfato formando cristais de cálcio. Outro fato importante é que macrófagos ativados produzem calciotriol o que levaria a fixação de cálcio em áreas de necrose crônica Este tipo de calcificação é comum na tuberculose, na cistecercose e em outras patologias de curso crônico. Os níveis de cálcio sérico não se acham alterados. Há uma afinidade muito grande do cálcio com locais em que há queda do pH, numa tentativa do organismo de neutralizá-los, como na necrose gordurosa onde se combina com os ácidos graxos formando sabões de cálcio e posteriormente carbonato de cálcio que se precipita.
B - Calcificação metastática: ocorre em tecidos vivos e o fator predisponente é a hipercalcemia, que pode ser conseqüente a um hiperparatireoidismo ( produção excessiva de paratormônio acarretando uma absorção intestinal excessiva de cálcio), intoxicação

pela vitamina D

(aumenta a formação de uma proteína fixadora de cálcio nas células epiteliais, a qual auxilia a absorção de cálcio), na destruição óssea por tumores,

insuficiência renal com retenção de fosfatos, etc. Só ocasionam disfunções graves quando os depósitos são maciços nos pulmões ou nos rins. O cálcio circulante se deposita em tecidos normais se acentuando mais em tecidos já lesados. Os tecidos mais afetados são aqueles que apresentam pH
normalmente