etnocentrismo

Etnocentrismo é a propensão que as sociedades possuem de avaliarem sua cultura superior às demais culturas por meio da comparação. Uma vez que, etno significa povo, sociedade e centrismo denota algo que está no centro, que possui uma grande importância, e por esse motivo cada sociedade entende que são superiores as demais. É também uma forma de preconceito, visto que, cada sociedade julga suas atitudes corretas e as sociedades que divergem julgam estarem erradas, pois avaliam umas as outras a partir de uma ótica preestabelecida de sua cultura. No texto “A Sociedade contra o Estado”, o autor Pierre Clastres emprega o conceito de etnocentrismo para explicar o preconceito referente às “sociedades sem Estados”, que são classificadas de sociedades primitivas pelas sociedades ditas civilizadas devido à ausência da figura do Estado. Para as sociedades civilizadas o fato das sociedades primitivas viverem sem a presença do Estado, não possuírem escrita, historia e mercado gera certo estranhíssimo, visto que, “o Estado é o destino de toda sociedade”(página 1 do texto a sociedade contra o Estado) e que a história possui um sentido único rumo à civilização, o evolucionismo.
Um exemplo se exprime na concepção preconceituosa que as sociedades civilizadas têm de que os índios são preguiçosos já que não trabalham, porém esse tipo de sociedade possui um modo de produção voltado para a existência, e não preocupado com o excedente. O autor ao longo do texto tenta modificar essa visão ao negar que as sociedades primitivas sejam inferiores, pois apesar de possuirmos costumes e culturas diferentes não justifica a visão de inferioridade empregada.