Estado providencia

19103 palavras 77 páginas
TÓPICO 2
A Construção social da realidade

1) Objectividade e neutralidade nas ciências sociais As diferentes ciências que constituem as ciências sociais, como a sociologia, a antropologia, a economia, etc., têm por principal objectivo conhecer e explicar de forma objectiva a realidade social, recorrendo ao método científico.
O objecto das ciências sociais coloca a questão da análise da realidade social como ponto de partida essencial para garantir a objectividade e neutralidade do investigador. O processo de construção do conhecimento científico sobre a realidade social, exige ao investigador, objectividade e neutralidade na sua análise uma vez que, ele próprio faz parte dessa realidade que se lhe apresenta carregada de subjectividade e de conhecimento do senso comum (conhecimento vulgar que se constrói com base em experiências, observações e vivências com que o homem se depara no seu dia-a-dia. É um conhecimento imediato, ingénuo e subjectivo que passa de geração em geração e que se baseia muitas vezes em crenças, tradições, mitos, etc.) que pode transportar para a investigação e análise. Os cientistas têm dificuldade em excluir a intervenção dos seus valores nos seus procedimentos pois como seres humanos que são, são seres valorativos, logo, a ciência não reside numa objectividade pura mas depende sempre das escolhas valorativas do cientista, ou seja, as suas simpatias, preferências, concepções, etc.
Para atingir o principal objectivo das ciências sociais que é explicar de forma objectiva a realidade social, o cientista tem que recorrer ao método científico de modo a conseguir atingir o máximo de objectividade. Para isso, tem que começar com a ruptura com as evidências do senso comum, pela desconstrução de pré-noções que foram construídas ao longo da vida e que por não se basear na construção racional e objectiva, dificultam o desenvolvimento do seu raciocínio científico.
Para atingir a objectividade o cientista tem que definir rigorosamente os seus

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