Esse Amor que nos Consome Minha Resenha

Universidade Federal do Ceará - UFC
Instituto de Cultura e Arte - ICA
Curso de Cinema e Audiovisual
Teorias e Estéricas Contemporâneas do Cinema e Audiovisual I Profº: Marcelo Ikeda Aluno: Alan Hitalo Pereira dos Santos Matrícula: 373649

Resenha do filme "Esse Amor que nos Consome", de Allan Ribeiro
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Em um misto de ficção e realidade, Esse Amor que nos Consome, (Allan Ribeiro, 2012) vai construindo uma narrativa poética e impactante ao mesmo tempo. Tal narrativa se dar pelo cotidiano, pelo processo de vivência. Contando a história da Companhia Rubens Barbot Teatro de Dança, o filme traz reflexões concretas sobre a política de espaço em relação ao homem e a urbanização da cidade. Somos levamos a uma construção diária dos corpos que pulsam em meio ao concreto, integrando a cidade. A essa perspectiva, temos na trama, como plano de fundo, um velho casarão no centro do Rio de Janeiro que se encontra a venda. A companhia de Barbot têm a permissão do dono do local de lá permanecer até a venda do imóvel, que está orçado no valor de um milhão de reais. O filme inicia-se com uma consulta aos búzios que diz que a companhia não perderá o local. O longa têm em seu corpus inteiro o vínculo religioso com entidades da religião africana. Através da relação de corpo e espaço, da dramaturgia do comum e da construção das relações sociais, somos levados a reflexões sociais de conteúdo urbanístico. Em várias camadas, o filme dialoga sobre o cotidiano dos bailarinos, as dificuldades enfrentadas pelos mesmos, as construções urbanas e os corpos que nela habitam. Somos levados a refletir sobre quanto concreto há no homem e quanto homem há no concreto. Assim, direcionados a compreendermos que o homem habita a cidade como o mesmo acontece inversamente. De maneira singular, aos poucos vamos desvendando as camadas de trabalho, em porções que hibridam e contrastam. Temos relações que dialogam entre o