Ergonomia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL
Disciplina: Ergonomia & Segurança do Trabalho
Curso: Engenharia de Produção Período: 2012/2
Atividade complementar (20 pontos da Prova I)

Na indústria sucroalcooleira, dentre suas atividades primárias, um grande contingente de trabalhadores rurais ocupa-se da atividade de corte de cana-de-açúcar no interior do Brasil. Sujeitosa diversos tipos de intempéries, como chuvas e sol intenso, ao longo de todo o ciclo de trabalho, os chamados “cortadores de cana” precisam equipar-se com equipamentos de proteção individual específicos, como botas, luvas e óculos de proteção, para protegerem-se dos movimentos de corte que precisam realizar, tal como ilustra a Figura 1.

Figura 1 – O cortador de cana e atividade de corte de cana.
Com as pernas e os pés posicionados sobre as folhas da cana, o que não lhe conferem boa estabilidade, o cortador flexiona o trono para frente em 80º, pega, segura e puxa com a mão esquerda, usando uma pega de preensão ampla, a cana-de-açúcar (massa de 300 g). O braço esquerdo sofre uma abdução de 75º em relação ao ombro. Já em relação ao cotovelo, esse mesmo membro sofre uma flexo-extensão de 90º. Simultaneamente, o mesmo trabalhador, segurando um facão (massa de 500g) com a sua mão direita, com uma pega por preensão ampla, eleva o braço direito em abdução de 80º em relação ao ombro e sob flexo-extensão de 90º em relação ao cotovelo e, logo em seguida, num movimento brusco de adução, estica o braço direito para baixo, formando um ângulo de 150º em relação à articulação do cotovelo, tendo em vista golpear a base da planta, fazendo com que o seu tronco também gire para a esquerda. Ademais, o pescoço sofre inclinação máxima de 5º com um leve giro para o seu lado esquerdo. O cortador foi entrevistado acerca da sua percepção de força aplicada, levando a concluir que o nível de força em %MCV é de 40% na situação de trabalho sob análise. Ele