Era mauá: modernizações estruturais e as novas organizações socioeconômicas nos tempos do império, (1846-1889).

20 de fevereiro de 2013

1. INTRODUÇÃO:

Marcado pela dificuldade de solidificar o fraco desenvolvimento de seu parque industrial, o Brasil encontra-se em um período de decadência, onde a inexistência de uma indústria de base era o principal problema a ser enfrentado pelos políticos e comerciantes. Com a carência de fontes de energia e a dispersão dos mercados consumidores, tudo isto ligado pela ausência de políticas econômicas, formavam uma sucessão de obstáculos que tornavam caros e sem qualidades os produtos brasileiros. Devido a isto, essa realidade a partir dos anos de 1840 tomou diferente caminho, dando assim uma nova realidade ao comércio brasileiro.
No ano de 1844, a criação da Tarifa Alves Branco elevou os impostos alfandegários sobre os produtos oriundos do mercado externo. Dando origem assim a primeira barreira protecionista e consequentemente ao primeiro surto industrial na história do Brasil. Colateral a esta ação, o Brasil vivia o início da luta pela proibição do tráfico negreiro, disponibilizando assim maior injeção de capital no desenvolvimento industrial.
É neste contexto que se inicia a história de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, também conhecido como Barão de Mauá, nasceu no Estado do Rio Grande do Sul. Na infância perdeu pai e mãe, indo morar assim com seu tio capitão da marinha mercante, com 11 anos de idade mudou-se para o Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira na função de balconista em uma loja de tecidos; e devido a sua grande capacidade foi progredindo aceleradamente. No ano de 1830 empregou-se em uma firma de importação de propriedade de Ricardo Carruther, com quem aprendeu inglês, contabilidade e a arte de comercializar. Com 23 anos subiu de posição, tornou-se gerente e pouco tempo depois sócio da companhia.
No ano de 1840, Irineu Evangelista efetuou sua primeira viagem á Inglaterra. Viagem a qual foi determinante para a formação do tradicional pensamento Mauá . Nesta viajem, Irineu concluiu que o Brasil carecia de capital