Entrevista - constituição de turmas

A presente entrevista realiza-se no âmbito da disciplina de Sociologia da Educação a leccionar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Tem como objectivo decifrar as estratégias utilizadas na construção de turmas.
Escola: Escola Secundária Carolina Michaelis
Idade: 46 anos
Escolaridade: Mestrado
Situação na profissão: Quadro escolar

E. Há quanto tempo é docente?
e. Há 26 anos.

E. Gosta da sua profissão?
e. Gosto muito! (risos).

E. Então, se pudesse voltar atrás, não mudava?
e. Hum…não mudava…se me perguntarem que outras profissões eu gostaria de ter experimentado, sim, hum… por exemplo, na altura que eu escolhi o meu curso, estava muito indecisa em ir para Geografia ou ir para Direito, se calhar gostava de ter experimentado também o curso de Direito e ter sido Jurista, qualquer coisa desse género, portanto, hum… sou feliz naquilo que faço, gosto daquilo que faço, o que não quer dizer que não optasse por outras vias.

E. Há quanto tempo exerce a função de constituir turmas?
e. Olhem, é assim, hum… nesta escola, estou nesta escola há cinco anos, este é o quinto ano, aqui estou há quatro anos a constituir turmas, mas já estive noutras escolas a constituir turmas portanto, é difícil dizer… tenho alguma experiência, para aí alguns dez anos.

E. Nas outras escolas a constituição de turmas era feita de igual, ou de diferente forma?
e. Era muito semelhante, principalmente no que toca a critérios numéricos, como o número de alunos, por exemplo.

E. Por falar em critérios, quais são os principais na constituição de turmas?
e. Os principais critérios, hum… em primeiro lugar, depende do tipo de turmas que estão a falar, se estão a falar de básico é uma coisa, se estiverem a falar de secundário é outra.
No secundário, como sabem, os alunos fazem opção do curso e, ao optarem por um determinado curso, fazem opção das disciplinas e portanto, uma das vezes o critério será, no secundário do tipo de curso que vão seguir, se é