Engenharia

Modelagem para o dimensionamento de microtubos em irrigação localizada

O microtubo é usado desde a década de 70, sendo então o mais antigo gotejador de longo percurso. É um emissor constituído por um pequeno tubo de plástico que possui diâmetro variando, geralmente de 0,5 a 2 mm, e é bastante utilizado devido ao seu baixo custo, principalmente em a países pobres da África e da Ásia, onde tenta-se desenvolver a implantação de tecnologias de baixo custo. O microtubo também possui facilidade na sua instalação, e uma quantidade de materiais reduzida em relação aos outros tipos de emissores. É indicado em regiões que possuem variações de pressão devido aos desníveis na topografia.
Seu funcionamento se da pela dissipação de energia ao longo se seu comprimento, o que faz com que a água seja liberada para a irrigação. De acordo com Khatri et al. (1979), o diâmetro e o comprimento do microtubo podem ser determinados para diferentes vazões para que este possa ser utilizado como emissor (Khatri et al. 1979). Já Wu & Giltlin (1973), propôs obter diferentes comprimentos e diâmetros, com a finalidade de obter uma vazão uniforme. E segundo Pizarro Cabelo (1987), o este emissor pode ser cortado mesmo depois de instalado para que se possa obter uniformidade na vazão.
Para que seja dimensionado corretamente, é necessário um projeto criterioso e detalhado. O principal item para o cálculo do dimensionamento é a perda de carga, que vai de acordo com a pressão e a vazão. Essa perda é causada pela perda na parede do tubo e perdas menores originadas pela energia de velocidade e perda de carga localizada.
Segundo Khatri et al. (1979), a hidráulica básica do microtubo é semelhante à hidráulica de tubos lisos, sendo assim, a perda de carga de carga contínua dentro do microtubo e a perda localizada possuem equações idênticas às utilizadas para tubos lisos.

http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v8n1/v8n1a03