Engeharia do meio ambiente

Setor público começa a usar sistema alternativo
30/10/2012 - Valor Econômico Por Rosangela Capozoli | Para o Valor, de São Paulo

Se o uso de energias alternativas, como a solar, significa economia e benefícios para todos, por que os governos não começam dando o exemplo em suas próprias casas? Com algum atraso, o Ministério das Cidades começa a aplicar a regra no programa Minha Casa, Minha Vida, um dos maiores projetos de habitação popular do mundo. A segunda fase do programa, anunciada em meados de junho de 2011, prevê 2,4 milhões de moradias contratadas até 2014.

No início de setembro, o Conselho das Cidades, órgão do Ministério das Cidades, recomendou que sistemas de energia solar sejam instalados nas moradias do programa, sem que isso pese no custo das unidades. Já em fevereiro de 2010, portaria do Ministério das Cidades contemplava a possibilidade de instalação de aquecedor solar nas moradias do Programa Minha Casa Minha Vida, limitando os custos a cerca de R$ 2.000,00 por residência.

O argumento do Conselho das Cidades não poderia ser mais convincente: o custo da energia elétrica pesa de forma significativa no bolso das famílias, especialmente naquelas de menor renda, a quem se destina o programa Minha Casa Minha Vida, diz o documento. O Conselho lembra ainda que a temperatura média em boa parte dos municípios brasileiros é alta, "com incidência solar significativamente elevada e com alto rendimento fotovoltaico". O documento também sugere que o sistema de energia solar seja conectado ao de energia elétrica, de forma que os dois sistemas se alternem ou se complementem.

O que parece óbvio e esperado, nem sempre é o que acontece nas obras e serviços públicos que dependem de energia. A economia que a sociedade civil avalia pelo bolso, os governos contabilizam com mais lentidão. "A área pública ainda carece de normatização, e a maior demanda vem das áreas comercial e industrial", diz Uirá Kayano Nóbrega, sócio diretor da Universo Led,