Eletrenegatividade

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Eletronegatividade e potencial padrão de redução: atração por elétrons?

Quando ensinamos as propriedades periódicas dos elementos para nossos alunos e nossas alunas do ensino médio, tendemos a definir eletronegatividade como a capacidade que um átomo possui de atrair elétrons para perto de si, em comparação a outro átomo (Fonseca, 1992: 78) ou ainda como a tendência que os átomos possuem de receber elétrons no seu nível mais externo, na formação de uma ligação com outros átomos (Politi,1992:75). De uma maneira geral, seguimos os livros didáticos e não distinguimos em que circunstâncias são obtidos os valores de eletronegatividade, não analisamos que se trata de uma grandeza associada à tendência de um átomo atrair elétrons para si numa ligação covalente, ainda que posteriormente utilizemos a eletronegatividade na análise da polaridade das ligações químicas.

Por sua vez, no trabalho com a Eletroquímica, abordamos o conceito de potencial padrão de redução e, se não formos cuidadosos, mais uma vez limitaremos sua definição à atração por elétrons: cobre tem maior potencial padrão de redução porque tem maior atração por elétrons. Em alguns casos, a desconsideração da diferença conceitual entre eletronegatividade e potencial padrão de redução é diretamente explicitada: ao longo da história do ensino de química, autores de livros didáticos vêm afirmando que a fila das tensões eletrolíticas (potenciais padrão de redução) representa a ordem crescente de eletronegatividade ou que a eletronegatividade se associa ao poder oxidante ou redutor, ou à reatividade, característica indicada pelo potencial padrão de redução (como exemplo citamos, Carvalho, 1978; Feltre & Yoshinaga, 1977; Politi, 1992).

Fica evidente, portanto, que há uma certa confusão entre esses dois conceitos - potencial padrão de redução e eletronegatividade. Para gerar ainda maiores dúvidas, muitos se apegam às comparações entre os valores dessas grandezas para alguns elementos como comprovantes da

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