Eichmann

859 palavras 4 páginas
Eichmann em Jerusalém – Uma reportagem sobre a banalidade do mal

2israelitas o “levaram” para Israel para ser julgado por crimes contra a Humanidade, contra o povo judeu e crimes de guerra durante o período da II Guerra Mundial. Eichmann foi condenado à morte e enforcado em 1962, naquela que foi considerada uma exceção à lei israelita que não prevê a pena de morte. Desta reportagem resultou o livro Eichmann em Jerusalém – Uma reportagem sobre a banalidade do mal, traduzido para português pela Editora Tenacitas, em 2004, originalmente publicado em 1963. Nesta obra, Hannah Arendt cunhou o termo banalidade do mal, provocando um debate em torno da Condição humana, a personalidade do acusado e dos responsáveis pelo Holocausto, termo associado ao extermínio do povo judeu no período nazi (1933-1945), e sinónimo de genocídio deliberado de seres humanos por outros seres humanos.
- Escreve Hannah Arendt sobre o acusado que este se declarou “inocente face às acusações de que sou alvo”. O seu advogado, Robert Servatius, contratado por Eichmann e pago pelo Estado de Israel, explicou o posicionamento do seu cliente: “Eichamnn sente-se culpado perante Deus, não perante a Lei”. Hannah Arendt refere que a defesa argumentou que Eichamnn era inocente perante o sistema legal nazi, não tendo cometido nenhum crime, mas sim “atos de Estado”, sobre os quais nenhum outro Estado deveria ter jurisdição, e aos quais era obrigação de Eichmann obedecer. Contudo, a atitude de Eichmann face à acusação foi diferente da esboçada pelo seu advogado, argumentando o réu que «no que concerne à morte dos judeus, eu não tive nada a ver com isso. Eu nunca matei um judeu, ou um não-judeu, eu nunca matei nenhum ser humano. Eu nunca dei ordens para matarem judeus ou não-judeus; eu pura e simplesmente não o fiz”. Mais tarde, Eichmann disse que, no que diz respeito ao extermínio dos judeus, “aconteceu… Eu não o fiz uma única vez”. Hannah Arendt sublinha que o acusado não deixou «nenhuma dúvida que teria

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