Educação e relações étnico raciais

Educação e Diversidade Cultural
Podemos perceber que a escola está cada vez mais diversa, mais aberta e mais colorida. Quando se busca educar para uma sociedade inclusiva, é preciso compreender toda uma complexa realidade presente nas salas de aula, esta que não é só de agora, e sim, de muitos e muitos tempos atrás, onde inclusive a alguns anos passados eu participei, e hoje posso recordar-me da educação que recebi em meio a diferenças e conflitos envolvendo racismo e ralações étnico-raciais.
Na escola sempre ouvíamos os professores dizendo que ser diferente é normal, que se fossemos todos iguais não seria legal, teríamos a mesma cor, a mesma fisionomia, o mesmo cabelo, e seria sem graça. Eu ouvia as palavras da professora e as compreendia, mas mesmo assim dentro de mim havia uma certa dificuldade em aceitar o diferente. Aconteceram vários conflitos em sala de aula, mas não recordo de nenhuma atividade voltada ao racismo, quando deveriam desenvolver um conjunto de ações que levem à reflexão e ao debate as questões relativas às desigualdades e ao preconceito, através de práticas pedagógicas integradoras que transmitam a igualdade.
Nas aulas de Artes, a professora nos mostrava obras que ilustravam pessoas negras, em História estudávamos muito sobre os tempos de escravidão, onde eles eram submetidos ao trabalho forçado, os colonos europeus passaram a aplicar a discriminação racial para assegurar seus direitos, com a idéia de que era uma raça "inferior", a partir de então surgiu a discriminação. Em geografia, estudávamos as migrações, o preconceito de pessoas que são naturais de um país ou cidade e possuem culturas diferentes da qual a sociedade dominante repudia e também do racismo contra negros. Em Língua Portuguesa e literatura, encontrávamos muitos assuntos que tratam de discriminação nos livros didáticos, também líamos textos, histórias, e após debatíamos no grande grupo.
A nossa Constituição Federal em seu art. 1º, inc. II e III elegeu como fundamentos da