Educação nutricional
A Educação Nutricional é apontada como estratégia de ação a ser adotada preferencialmente em saúde pública para que se possa ter um controle e diminuir o avanço de doenças crônico-degenerativas, segundo o livro “Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e suas doenças”. No Brasil, o interesse pela Educação Nutricional surgiu nos anos 40 com a perspectiva de ser uma alavanca que determinaria mudanças significativas nas condições de alimentação da população trabalhadora. No período pós-guerra nas décadas de 50 e 60, o governo brasileiro se utilizava de estratégias educativas para induzir alguns grupos da população a consumirem os alimentos oferecidos pelos programas, como por exemplo a soja. Na década de 70 alguns estudos mostraram que principal obstáculo à alimentação adequada era a renda. Com base nisso, o binômio alimentação/educação foi substituído por alimentação/renda, mas isso acarretou numa rejeição à Educação Nutricional por ser vista como uma estratégia de ensinar o pobre “como apertar o cinto sem doer”, o que levou a Educação Nutricional a permanecer ausenta dos programas de Saúde Pública durante duas décadas, mas na prática profissional dos nutricionistas ela continuou a existir. Anos depois, descobriu-se que o estudo dos hábitos alimentares e de sua significação social era de extrema importância, mas a Educação Nutricional era vista como uma missão de todos, incluindo agrônomos e economistas domésticos, mas não era identificada como responsabilidade direta de nenhum profissional em particular. A Educação Nutricional era bem mais abrangente do que somente repassar informações e não se destinava apenas a populações pobres, mas a todos os cidadãos. Pilon afirma que “a educação em saúde se define não apenas face à solução dos problemas, mas face à definição dos problemas enquanto tais, mercê de um enfoque compreensível e holístico do projeto de vida do homem”. A Educação