EDUCAÇÃO DO CAMPO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: AS ESCOLAS DO CAMPO DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE DOIS VIZINHOS
618 palavras
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EDUCAÇÃO DO CAMPO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UMA ANÁLISE DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DAS ESCOLAS DO CAMPO DO NRE DE DOIS VIZINHOS
Rafael Schorner
Carlos Antônio Bonamigo
Área de conhecimento: Ciências Humanas Subárea: Educação
Introdução: As interações entre Educação do Campo e Desenvolvimento Regional estão permeadas pelas contradições geradas pela produção agrícola das pequenas propriedades na região de abrangência do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Dois Vizinhos, em sua maioria absoluta, dependentes do processo de integração às agroindústrias. Esse processo dificulta a continuidade das populações jovens de permanecerem no campo, interferindo também no processo de construção das Escolas do Campo.
Objetivo: Analisar projetos pedagógicos das Escolas do Campo do NRE de Dois Vizinhos.
Desenvolvimento: O NRE de Dois Vizinhos é constituído por 7 cidades e conta com 738 alunos matriculados em escolas municipais e 765 em instituições estaduais, totalizando 1.503 matrículas, distribuídas em 14 Escolas do Campo. Em Dois Vizinhos existem 685 estudantes matriculados, sendo 129 estudantes do Ensino Médio. Em Salto do Lontra, existem 447 matrículas, Nova Esperança do Sudoeste tem 205, Nova Prata do Iguaçu tem 137 e São Jorge d’Oeste tem 29 matrículas (BRASIL, 2013). Todos os alunos das 14 escolas do campo são filhos de pequenos agricultores, arrendatários ou trabalhadores rurais assalariados. Ao analisar a descrição dos projetos pedagógicos das escolas em relação ao levantamento social, econômico e cultural das comunidades atendidas contata-se que os níveis de renda e produção agrícola são baixos, uma vez que o trabalho é realizado em pequenas propriedades e com baixa produtividade. A maioria dos pequenos proprietários vincula-se à produção aviária e leiteira, num processo de dependência e integração às agroindústrias. Após a conclusão do ensino médio, os filhos dos agricultores têm dificuldades de permanecerem no campo, deslocando-se para os centros urbanos