Educação de Jovens e Adultos

A Educação de Jovens e Adultos - EJA

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) enquanto modalidade educacional ainda sofre problemas desde a sua implantação como política permanente em nosso país. Isso se atribui a justificativa de que o Brasil é terminantemente marcado por desigualdades sociais. Desta maneira, nosso país ainda é assinalado por vários contrastes; sejam estes referentes a raça, classe, gênero e idade, resultantes de um sistema sociopolítico e econômico. Assim, é nesse contexto social desigual que a EJA deve ter por objetivo contribuir para com melhorias na qualidade de vida dos educandos através de uma educação multicultural; esta não discriminatória das variadas realidades socioculturais e que valorize a cultura e saberes do indivíduo. Contudo, é observável que em toda sua trajetória social e política, a educação para adultos é recentemente discutida, visto que os enfoques educativos voltavam-se para outras modalidades educativas. Somente a partir de 1947 é que esta problemática ganhara visibilidade com a Campanha de Alfabetização de Adultos, primeira abordagem realizada especificamente a educação destes sujeitos, vistos socialmente como incapazes e marginais. Contudo, pesadas críticas surgiram acerca desta campanha, apontando-se várias deficiências. Assim, a segunda abordagem referente à educação de adultos emergiu em 1964: o Plano Nacional de Alfabetização, pautado em princípios e propostas pedagógicas do educador Paulo Freire e reprimido severamente pela ditadura militar do mesmo ano. Então, quando o governo assumiu o controle, foi lançada uma outra proposta: o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização). Ainda dentro do regime militar, em 1969, foram instaladas as comissões municipais. Apesar de toda a repressão social deste contexto, grupos dedicados à educação popular ainda empreendiam e utilizavam os métodos freireanos. Com o período de reconstrução democrática houve a extinção do Mobral em 1985 e a criação da Fundação Educar. Somente em