Educação Continuada do Enfermeiro na Saúde Mental
A Enfermagem no Brasil surge acompanhada da modernização e urbanização das cidades levando a uma crescente complexidade na estrutura socioeconômica no país. Com o aumento da população, o governo começa a se ver obrigado a elaborar uma política sanitarista, pois junto à urbanização vêm acompanhados vários tipos de doenças. A Enfermagem Brasileira, nas primeiras décadas do século XX, surgiu nas instituições hospitalares, porém o discurso atualmente é que esta se deu através de uma necessidade de atenção à saúde pública. De acordo com Rizzotto M. L. F.(1999):
“a institucionalização da Enfermagem Moderna no Brasil serviu muito mais para atender ao avanço da Medicina hospitalar, eleita como núcleo da prática médica (...) do que para instaurar uma assistência de Enfermagem voltada para a Saúde Pública”.
A sociedade brasileira passou por uma transformação no modelo de assistência ao paciente com transtorno psiquiátrico conhecida nacionalmente, desde a década de 80, como Reforma Psiquiátrica Brasileira. Esta se deve ao conjunto de fatores e atores que buscam substituir o modelo asilar, segregador, excludente, reducionista e tutelar que tem como centro de atendimento o hospitalar psiquiátrico.
Em 2001, foi aprovada uma lei que dispõe sobre a proteção dos direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Ela estabelece que os direitos dos portadores de doentes mentais estejam seguros perante à discriminação, visando acesso ao melhor tratamento, sendo este com humanidade e respeito, protegido sobre qualquer forma de abuso e exploração.
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 3% da população geral necessite de cuidados contínuos em saúde mental, em função de transtornos mentais severos e persistentes.
Cerca de 9% da população necessita de cuidados em saúde mental, na forma de consulta psicológica, aconselhamento, grupos de orientações, entre outros, em função de transtornos