Economy

Artigo - DESIGUALDADES REGIONAIS E RETOMADAS DO CRESCIMENTO NUM QUADRO DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA - Hector Arango RESUMO Este artigo apresenta um quadro geral da evolução das desigualdades regionais brasileiras ao longo do período 1985/95, através da análise de indicadores sociais e econômicos. A avaliação do desempenho econômico se dá com base na evolução dos PIBs nominais e da balança comercial. Assim, podemos indicar o risco de que novas trajetórias de crescimento possam vir a ser abortadas por carecerem de condições mínimas de sustentação, como já ocorrido no passado recente. 1 – INTRODUÇÃO Há mais ou menos 40 anos, instituía-se no Brasil o planejamento regional, através da criação da Sudene, com o objetivo de corrigir as desigualdades espaciais que se ampliava por todo o território à medida que avançava o processo de constituição do mercado interno alavancado pela industrialização do país. O resultado mostrou-se, a redução constante da participação de São Paulo e da região Sudeste e o aumento da participação dos estados periféricos, uma crescente convergência de rendas entre estados brasileiros entre 1970 e 1985, os anos 90 apontam contra tendência de recrudescimento das desigualdades de renda entre os estados brasileiros, coincidente com o movimento de abertura da economia brasileira. Nossa intenção neste trabalho é apresentar um quadro sintético acerca da evolução recente do quadro de desigualdades regionais no país. Finalmente, vamos mencionar elementos que nos parecem indispensáveis à formulação de novas políticas regionais, voltadas para a equalização no território brasileiro das condições de desenvolvimento (infra-estrutura) e bem-estar. 2 - INDICADORES SOCIAIS: DIFERENCIAIS INTERNOS IMPORTANTES Brasília, capital do país, que detém o maior PIB per capita anual, estimado em R$ 7.800,00 em 1994 (valores expressos em reais de 1995). Este valor é cinco vezes maior que aquele registrado nos cinco estados mais pobres da Federação, a saber: Tocantins, Maranhão,