economia mineira

A economia mineira atraiu muitas pessoas, tanto livres quanto escravos. Em meio a uma sociedade de extremos bem definidos – camada senhorial e camada escrava – formou-se uma camada social extremamente fluida, com elementos desarticulados, que não eram nobres nem escravos: os Desclassificados - dificilmente definíveis, pois os papeis dos indivíduos eram transitórios, os homens livres pobres entravam e saiam da desclassificação, conviviam com escravos, quilombolas, artesãos, roceiros e mineradores pobres. A justiça era rígida, o que os colocava como opositores da ordem constituída. Essa afinidade criava espécie de solidariedades temporárias, propiciando formas de consciência de grupo que afloravam nas vendas, nas tavernas, nas casas de alcouce, nos batuques, entre outros. Porém, muitos eram os fatores que agiam em sentido contrario, desmantelando parcialmente essas sociedades.
Essa população, em busca de subsistência, criou um mercado interno, saindo da economia do ouro e indo em direção a um mercado de abastecimento interno, que se espalhou ao redor da capitania de MG.
Saindo da economia do ouro e partindo para o cultivo de café e de açúcar em algumas regiões do Brasil, o sistema da lavoura e o mercado interno da colônia foram afetados pela reação dos escravos e senhores ao surto de exportação. Com preços fortes para as exportações brasileiras no mercado internacional, os agricultores preferiam comprar o que fosse necessário para alimentar os escravos do que deixar para que eles próprios produzissem, pois o incentivo para que os escravos produzissem mais do que o necessário era grande, já que assim poderiam ter acesso a um mercado comercializável a partir da venda do excedente de produção. Essa atividade constituía uma “Brecha camponesa”.
Mesmo quando produziam os próprios alimentos, os escravos não eram roceiros devido às limitações enfrentadas – em termos de operação e decisão-, que eram muito maiores em relação às limitações enfrentadas por roceiros.
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