Economia açucareira
A cana-de-açúcar era plantada nas ilhas do Atlântico ( Madeira e Cabo),fornecia o açúcar, um produto lucrativo. Produzido em pequena quantidade, era um artigo extremamente caro, considerado uma especiaria. Segundo o historiador Caio Prado Júnior, “o açúcar entrava até nos enxovais de rainhas como um dote valioso”. Com o início das expedições marítimas, os portugueses introduziram o cultivo da cana nas ilhas do Atlântico. Inicialmente, o açúcar fabricado nessa região era distribuído por comerciantes da península Ibérica, passando depois para as mãos dos flamengos. Plantada nas capitanias da Bahia e Pernambuco, a cana-de-açúcar consolidaria a colonização portuguesa na América. Algumas circunstâncias econômicas, históricas, geográficas e ecológicas se combinam para que isso se tornasse possível. Entre elas: a experiência portuguesa anterior nas ilhas do Atlântico; a existência na colônia de condições ecológicas apropriadas, sobre tudo o clima quente e úmido e o solo especialmente fértil para o cultivo da cana-de-açúcar; e a possibilidade de obtenção de créditos de banqueiros holandeses dispostos a financiar a produção e o transporte do açúcar até portos europeus. A unidade de produção do açúcar era o engenho. Que era um estabelecimento complexo, compreendendo numerosas construções e aparelhos mecânicos. A produção do açúcar passava por várias fases, como: moenda (onde a cana é espremida ); caldeira, que fornece o calor necessário ao processo de purificação do caldo; casa de purgar, onde se completa esta purificação. Situada em geral num local mais elevado das terras do engenho, ficava a casa-grande, residência do proprietário e a senzala era habitação coletiva dos escravos. A construção do engenho exigia muitos recursos. Por isso alguns senhores de terras que não podiam construir seu engenho apenas plantavam a cana e depois a vendiam a um dono de engenho, ou pagavam para moê-la. Trabalhavam no engenho, escravos e