Durkheim - Formas elementares da vida religiosa
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CIÊNCIAS SOCIAIS – GRADUAÇÃO
Aluna: Taísa Domiciano Castanha
Disciplina: Antropologia II
Prof.ª: Deborah Lima
Fichamento II
As Formas Elementares da Vida Religiosa
E. Durkheim
Durkheim inicia, no capítulo I do livro I, definindo o que é religião e descartando os conceitos anteriores, como religião sendo o sobrenatural, ou necessitando de uma divindade ou ser espiritual.
Durkheim, então, busca uma característica geral a todas as religiões, que seriam as crenças e ritos. As crenças são o estado de opinião que classifica o mundo em sagrado e profano. O sagrado é atribuído a determinados objetos, ações e pessoas, variando por cultura. Sendo algo superior ao profano, este é tudo aquilo que o coletivo não atribui sacralidade. Assim, para Durkeim, a religião seria social. Ao analisar as tribos australianas, o autor percebe que no sistema totêmico, os animais não são capazes por si próprios de despertar sensações divinas no homem. O que provocaria a sensação de divino e de pertencente em uma sociedade seria, então, o poder religioso. Os indivíduos se sentem compelidos a se comportar de certa forma por uma pressão interna espiritual, uma vez que os indivíduos se representaram nessa figura de forma a criar um ascendente moral e possuidora de propriedades psíquicas, não abrindo espaço para cálculos pessoais.
Esse fenômeno não pode ocorrer na esfera privada; ele só tem força na coletividade. O encontro de indivíduos leva a uma efervescência geral, fazendo com que o individuo se sinta acima de si mesmo. O encontro de energias passionais é essencial para aumentar o poder do grupo, que fala por si próprio. Esse encontro da coletividade, para Durkheim, é o que produz nos australianos, a sensação de sociedade, de pertencentes a um grupo.
Quando o membro de uma sociedade segue a moral desta gera uma relação de simpatia que eleva a forma que o indivíduo vê a si próprio. Contudo, esse processo é