Duplicação celular e o surgimento de tumores

A duplicação celular é um processo que passa por rigorosos mecanismos de controle pelo nosso organismo, para que as células originadas dessa duplicação resultem em comunidades organizadas de novas células. O ciclo celular é composto por uma sequência ordenada de fases que possuem alguns pontos de controle. São elas: G0 – repouso; G1 – produção de enzimas necessárias para a produção de DNA, proteínas e RNA; S – síntese do DNA (duplicação do material genético); G2 – período pré-mitótico, M – mitose (divisão celular). Entretanto, as células que escapam desses mecanismos de controle e têm o seu DNA modificado, se tornam células cancerígenas. Ao longo de nossas vidas, milhões de células se dividem em nosso organismo. Toda vez que ocorre uma divisão celular, nosso organismo se expõe aos efeitos dos vários carcinógenos ambientais. Contudo, o surgimento e desenvolvimento de um clone de células tumorais é algo relativamente raro, pois para que isso aconteça, a célula precisa quebrar uma série de barreiras fisiológicas até que se torne cancerígena. Quando uma única célula sofre mutação, e as células duplicadas a partir dela vão acumulando outras mutações até originarem uma célula cancerosa, caracterizando uma proliferação celular anormal, denominamos esse processo de neoplasia. Basicamente existem os tumores malignos e os benignos, mas somente os primeiros são considerados como câncer. Essas células também tem a capacidade de se desprender dos tumores e migrar através das correntes linfáticas e sanguíneas pra tecidos vizinhos. O câncer é considerado como uma doença genética, pois os genes envolvidos nesse processo são os envolvidos no controle do ciclo celular e na reparação do DNA danificado. Os principais fatores de risco que influenciam o ciclo celular, contribuindo para o desenvolvimento de tumores, além dos hereditários, são os ambientais, tais como: cigarro, álcool, alguns alimentos, medicamentos, substâncias químicas, diversos tipos de irradiações, agentes