Dualismo escolar e a manutenção das desigualdades
CAMPUS ERECHIM
Gabriel Claro da Rosa
Dualismo escolar e a manutenção das desigualdades
INTRODUÇÃO
O presente artigo busca realizar uma breve contextualização sobre as origens da escola e posteriormente a escola pública brasileira e sua função enquanto agente institucional. Refletindo sobre sua atual função é o resultado de ações em consonância a políticas educacionais de agencias internacionais, buscamos pensar como a escola se divide em duas. As duas formas de escolas que encontramos hoje, a dos ricos, escola conteudista e a escola dos pobres, acolhedora, possuem a função de manutenção da desigualdade capitalista.
ORIGEM E CRISE
Para pensarmos as funções da Escola moderna, precisamos ter de forma clara seu marco de origem que resulta na forma pela qual ainda hoje ela se apresenta. Tal marco é o nascimento das fábricas com a Revolução Industrial, a escola torna-se a instituição por excelência para a educação formal, reproduzindo a divisão social do trabalho e dos valores dominantes. Essa origem faz com que a escola tenha em si, os dilemas do próprio capitalismo. Reproduzindo assim seu sistema excludente de modo a gerar um “conflito permanente entre um objetivo político ousado e a intensa exploração da classe trabalhadora, que não possui condições objetivas de acesso e permanência na escola.” (MENDONÇA, p. 346, 2011)Se em princípio lhe foi delegada a função de formação das gerações, ofertando cultura e formando cidadãos que caracterizem o sujeito social de seu tempo. Com a crescente urbanização as escolas também passaram a se constituírem enquanto espaços privilegiados de convívio. Tais posicionamentos eram claros e para além da formação humana a escola se bastava na oferta de conteúdos programáticos, hoje não mais é assim.
A partir da década de 60 ouve no Brasil a ampliação do acesso a escola, criando assim, escola de massas. Entretanto, a ampliação não foi acompanhada de políticas educacionais que pensassem