dos preceitos contra o ensino da arte

Barbosa, Ana Mae
Arte- Educação no Brasil/ São Paulo: Perspectiva 2006

Livro Educação no Brasil – Capitulo I – Dos preconceitos contra o ensino da arte: Revisão do século XIX (pag.15-30) – Livro: 15 páginas
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O ensino artístico no Brasil vem aos poucos crescendo, ocupando o seu lugar na cultura brasileira. Mas sabemos que muitas coisas foram feitas para que se chegasse ate aqui e sabemos que muito ainda precisa a ser feito para que a arte ocupe o seu devido lugar na sociedade.
O preconceito com o ensino de arte no Brasil desde o reinado e império já era enfatizado, nesse contexto histórico havia a necessidade de se formar uma elite que defendesse a colônia dos invasores e que movimentasse culturalmente a Corte, até então a Academia de Belas Artes, criada em 1816, com inicio de funcionamento dez anos mais tarde, constava na relação das primeiras instituições de Ensino Superior. Na República a necessidade de uma elite que governasse o país guiou o pensamento educacional brasileiro, a partir daí, as faculdades de Direito, passaram a ser consideradas de maior importância do momento no cenário educacional. Com a república se fortaleceu o preconceito em relação ao ensino de arte, considerado objeto de adorno do Reinado e Império e como tal protegida. “Tal preconceito veio acrescentar-se aos inúmeros preconceitos contra o Ensino da Arte sedimentados durante todo o século XIX, os quais originaram nos acontecimentos que cercaram a criação da Academia Imperial de Belas-Artes, ou de elementos já assimilados pela nossa cultura, mas que a atuação da Academia fez vir a tona.” (p.16)
Com a queda de Napoleão os Bourbom voltam ao poder. Nesta época muitas coisas aconteceram como a vinda do alemão Alexander Van Humboldt que recebeu do embaixador português a incumbência de contratar artistas franceses para organizar o ensino de belas artes no Brasil. Em março chegou ao Brasil muitos artista com o objetivo de fundar a escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, que mais