Documentário Estamira
Esse documentário retrata a história de uma senhora de 63 anos, que vive e trabalha há mais de 20 anos no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, naquele momento, um lixão a céu aberto que recebia toneladas de dejetos e materiais descartados pela metrópole do Rio de Janeiro e seus subúrbios. É desses “restos e descuido” que Estamira retira seu sustento como catadora de lixo e parte de suas críticas a uma sociedade consumista, hipócrita, decadente e amoral. É nesse ambiente, excluído e renegado, longe das vistas da sociedade, que Estamira reconhece seu lar, seu espaço.
Como seu nome revela Estamira nos mostra e compartilha sua visão de mundo, suas crenças, fantasias e delírios. Durante todo o documentário, somos levados pela fala da própria protagonista a repensar os valores, conceitos e atitudes que estão arraigados no nosso agir diário, muitas vezes sem a nossa consciência. Para isso ela se utiliza de uma fala por vezes mística, de uma lógica que subverte a razão e a sanidade; outras, até incompreensível, mas sempre questionadora e cheia de poder, determinação, de ânimo. Em sua fala conseguimos refletir, fazendo-nos revistar nossos alicerces à procura de rachaduras e danos. A utilização de nossas experiências e observação de mundo para atribuir significância ao que é dito por Estamira, permite que encontremos eco em muito de sua oratória desconexa, figurativa e com alta carga de sua loucura e lucidez, bem como de toda a história de vida sofrida acumulada em sua pesada bagagem, que a levou a esse “estado”.
De acordo com o documento explane sobre as interfaces do sofrimento psíquico com o biológico, social e econômico na história de Estamira.
Resposta: Estamira sofre distúrbios mentais, além do abuso e do “estrupo”, a avó fez a própria neta fazer prostituição, o que realmente interfere no psicológico. Foi maltratada e abandonada por dois maridos, um filha foi entregue a outra família pois não tinha