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O texto trabalha sobre as crescentes mudanças que as ciências e tecnologias (C&T) promovem dentro da sociedade (CTS) e do meio ambiente, propondo assim, transformar as atividades didático-pedagógicas com a finalidade de promover a alfabetização científica e tecnológica da população. No século XIX, teve início a crescente onda de dominação e exploração da natureza, que foi questionada com o surgimento dos problemas ambientais e das guerras mundiais, e também a problemática de que a C&T não atingia todos os indivíduos da sociedade, apenas uma minoria rica. Não obstante, as preocupações e ações sistemáticas para proteção à natureza e o bem-estar social vem de longe, com a realização do I Congresso Nacional para a Proteção da Natureza, em 1923. Porém, os questionamentos acerca da intervenção do homem na natureza se tornam mais expressivos na década de 60, tendo como passo decisivo a Conferência de Estocolmo (1972), que lançou as bases de uma legislação internacional do meio ambiente. O Brasil teve uma participação paradoxal nessa Conferência, visto que era a favor da entrada de empresas que gerassem empregos e aumento do PIB, mesmo que causassem poluição. De um lado estavam os superpreocupados/cautelosos, de outro os despreocupados/agressivos. Foram tomando corpo ideias que associavam questões ambientais e desenvolvimento econômico, como o eco-desenvolvimento e o desenvolvimento sustentável, estabelecendo o famoso tripé: viabilidade econômica, prudência ecológica e justiça social. Essas ideias não tiveram resultados significativos, mais contribuíram para manter a ordem vigente, do que modificá-la. Para promover o estudo da C&T, é essencial observar estudos que apontam os danos e perdas resultantes das ciências aplicadas e das tecnologias e estudos sobre o comportamento humano em diferentes sociedades e formas de organização, aspectos históricos e epistemológicos devem auxiliar a demonstrar que os eventos não são lineares. As relações sociais são importantes para criar