Diásporas africanas e o tráfico negreiro

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Os autores propostos para este ensaio fazem parte de uma produção historiográfica que procura dar voz e transformar o “ser escravo” como sujeito de sua própria história, buscando não a vitimização do indivíduo e, sim, seu papel enquanto agentes construtores e modificadores dos contextos que eles estavam inseridos. Para (re)construir tais histórias, os autores a cima citados procuraram evidências nas fontes utilizadas para reconstruir tais histórias.
A instituição da escravidão acompanha a história da humanidade, com diversas formas de organização em consonância com cada sociedade. A cor de pele como fator de classificação foi instituído pelos portugueses em suas incursões pela costa africana e o tráfico negreiro que empreenderam em direção ao novo mundo. Na América Portuguesa, a escravidão foi compartilhada por populações diaspóricas, com poucas similaridades entre si. Fora a cor da pele e a mesma condição jurídica, as suas diferenças eram muito superiores as suas semelhanças. As diferenças poderiam variar desde o tipo de trabalho a que o escravo desempenharia, a que grupo ou nação ele identificava como seus pares e seus inimigos, entre outros. Como mostra no livro de João José Reis e Eduardo Silva.
“Não podemos, tampouco, pensa-los como um bloco homogêneo apenas por serem escravos. As rivalidades africanas, as diferenças de origem, língua e religião – tudo o que os dividia não podia ser apagado pelo simples fato de viverem um calvário comum.” (REIS João José e SILVA, Eduardo, p.20)
Como a instituição da escravidão sobreviveu por tanto tempo como elemento motriz de uma economia baseada na plantation açucareira no nordeste brasileiro? A relação existente entre o senhor de engenho e seus cativos, não era apenas baseada na violência. Havia uma série de negociações que tornavam essas relações conflituosas um pouco mais adaptadas à vida cotidiana o padre Jesuíta de origem toscana, André João Antonil, que em sua obra descrevia o cotidiano nas instâncias coloniais

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