Dieta e construção de abrigos de uma espécie de borboleta.
Projeto Pibic 2011-2012
Departamento de Ecologia
Comportamento de construção de abrigo e preferência de dieta da borboleta Elbella luteizona (Lepidoptera: Hesperiidae)
Maria Letícia Ferreira de Carvalho Ribeiro
Orientadora: Ivone Rezende Diniz
Brasília, Agosto de 2012
1.Resumo
2.Introdução
Para as lagartas de lepidopteros, a planta hospedeira representa um abrigo contra condições abióticas adversas, inimigos naturais e, ao mesmo tempo, seu recurso alimentar. Há mais de um século os naturalistas já haviam relatado a característica das lagartas de construírem abrigos (Scudder 1889). A construção desses abrigos é uma estratégia comum em larvas e está presente em pelo menos 18 famílias de Lepidoptera (Stehr 1987). Os abrigos podem ter uma variedade de formas e servir como locais de alimentação, repouso ou ambos (Lill et al. 2007). Porém, existem autores que dizem que a construção de abrigo pode ser vantajosa para os parasitóides, pois as lagartas se tornam mais aparentes, devido ao sedentarismo das mesmas (Hawkins, 1994) e os sinais químicos como seda ou acúmulo de fezes funcionam também, como pistas facilitando a localização das lagartas pelos parasitóides (Gentry & Dyer, 2002).
Para a construção destes são utilizadas, principalmente, folhas unidas com seda. Esse tipo de proteção pode ser importante na defesa contra inimigos naturais (Jones et al. 2002), mas também pode ser uma adaptação fundamental para evitar a sua dessecação (Diniz et al. 2000) A arquitetura e a complexidade dos abrigos variam entre as espécies, mas muitas vezes envolve uma série de cortes executados com precisão e dobras, realizadas por larvas ao longo do seu desenvolvimento (por exemplo Greeney & Jones 2003) As plantas que servem de abrigos para as lagartas, também são usadas como alimento para as mesmas. E essa dieta pode ser especializada como a monofagia (lagartas que se alimentam de uma só espécie de