Desigualdade Social

Desigualdade social e exclusão social

As desigualdades sociais não são um fenômeno exclusivo do Brasil.Países desenvolvidos também as possuem.
O traço mais marcante das desigualdades sociais é a concentração de renda, que, no caso do Brasil, é uma das mais elevadas do mundo. Uma minoria da população usufrui da maior parte das riquezas, enquanto a maioria vive com baixíssima renda, na exclusão social. Essa situação tem raízes no processo de estruturação da sociedade brasileira.
Os fundamentos históricos são encontrados no Brasil colonial e imperial, no monopólio da terra por uma elite latifundiária e escravista, criando uma estratificação social.
O domínio da terra tornou-se fonte de poder econômico para a produção agrícola e assim continuo até a década de 1930. A partir daí, as orientações econômicas governamentais acentuaram a industrialização e a economia tornou-se cada vez menos agrária. Mas nada abalou a concentração de rendas da pequena elite formada que se foi consolidando à medida que a industrialização prosseguia. As classes médias urbanas - consumidoras dos bens de consumo duráveis - foram-se destacando socialmente dos demais assalariados.
A aplicação das doutrinas neoliberais a partir de 1990 ampliou o fosso das desigualdades sociais quanto ao atendimento aos serviços essenciais (habitação, saúde, educação, transportes), ao acesso à alimentação, aos bens de consumo. A exclusão social revela-se cada vez mais acentuada.
A exclusão social precisa ser melhor avaliada tanto em relação aos segmentos historicamente excluídos (por exemplo: os que vivem à margem do acesso ao trabalho formalizado, analfabetos, sem moradia) quanto aos segmentos em que a exclusão tornou-se uma circunstância de vida (desemprego, perda de moradias, ausência de renda). A exclusão social implica falta de recursos, mas envolve também a impossibilidade de participação plena nos segmentos econômico, político, cultural e social, em que a sociedade se organiza. Isto é, a pessoa não