Desenvolvimento histórico das corporações de oficio
As corporações de ofício foram associações que surgiram na Idade Média, a partir do século XII, para regulamentar o processo produtivo artesanal nas cidades que contavam com mais de 10 mil habitantes. Essas unidades de produção artesanal eram marcadas pela hierarquia (mestres, oficiais e aprendizes) e pelo controle da técnica de produção das mercadorias pelo produtor.
As origens das corporações de ofício são controvertidas, mas as razões para o agrupamento são claras: Religiosas: havia desde o século X as confrarias, que são associações profissionais de pessoas para o culto do santo patrono e para a caridade recíproca entre seus membros; Econômicas: procuravam garantir o monopólio de determinada atividade; Político-sociais: com a plebe de artesãos tentando se organizar diante do patriciado mercador que detinha o poder na cidade.
Essas associações serviam para defender os interesses trabalhistas e econômicos dos trabalhadores. Eram eles os responsáveis por determinar preços, qualidade, quantidades da produção, margem de lucro, o aprendizado e a hierarquia de trabalho.
As corporações de ofício delimitavam suas áreas de atuação de forma estrita, de modo que não existia sobreposição de competências, por exemplo, uma alfaiataria não poderia consertar roupas, assim como uma oficina de conserto não tinha permissão de confeccionar peças novas. Transplantadas da Europa, as corporações tomaram formas próprias no Brasil, em virtude da predominância do trabalho escravo, da indústria caseira, da escassez de artífices livres e da própria estrutura comercial local. Porém, preservaram algumas funções de seu papel inicial elaboradas no "Velho