Deontologias
Neste trabalho pretende-se explanar as áreas de mais importância relacionados com a comunidade chinesa em Portugal. Entre as principais diásporas mundiais, como a judaica, a hindu, a cigana encontra-se também a chinesa. As diásporas caracterizam-se por uma forte identidade cultural, pela sua ligação às origens e até pela sua natureza transcontinental, têm com o tempo vindo a desempenhar um papel cada vez mais importante nos cenários da globalização em que são emergentes como figuras de crescente peso económico e algumas vezes também político. No caso chinês é inegável a existência de uma identidade sem território, que é o que mais distingue uma diáspora de outro qualquer movimento de populações. Esta é relatada desde o século XIII e ocorreu ao longo de períodos históricos caracterizados por convulsões, guerras, fomes e invasões. Consta que há não muitos anos a dispersão de chineses contava aproximadamente vinte milhões de pessoas espalhadas pelo sudoeste asiático e mais dois milhões pelo resto do mundo.
A comunidade chinesa em Portugal
As migrações chinesas em Portugal podem ser classificadas como integradas nos movimentos migratórios europeus. Os primeiros indivíduos a estabelecerem-se no nosso país chegaram nos anos vinte do século passado e eram pessoas que exerciam basicamente atividades como o comércio de feira.
Na vigência do Estado Novo, apareceram algumas comunidades chinesas nas antigas colónias portuguesas. Na década de 70, a população chinesa tinha uma dimensão de realçar, em Moçambique eram cerca de 7500 pessoas, em Timor-Leste, eram de cerca de 10.000, só em Angola o número de migrantes era desprezível. Com o 25 de abril de 1974, a independência destes países e invasão de Timor estas populações rumaram a sítios como o Brasil, Portugal continental e Macau, muitas vezes como um reencaminhamento para outros países como o Canadá ou os Estados Unidos.
Trata-se duma comunidade respeitadora da cultura e identidade portuguesas e na qual