Democracia no Brasil

A democracia costuma vir associada a dois conceitos-chave: o de liberdade e o de igualdade. Doses diferentes desenham formas diversas de democracia. Num extremo, as liberdades individuais sobrenadam direitos coletivos, no outro, importa a igualdade entre os cidadãos.
A história da democracia no Brasil é conturbada e difícil. A queda da monarquia semi-autocrática e escravista em 1889 marcou a historia. Mas um grande passo a favor a democracia aconteceu mesmo na revolução de 30 com a instituição do voto secreto. O historiador Manuel Passo explica a importância deste acontecimento.
A contribuição para o conceito de democracia aplicado no Brasil deve-se bastante aos imigrantes europeus. Vindos do velho mundo, eles traziam a experiencia anarco-sindicalista que contribuiu para formação da classe operaria brasileira e também no governo populista de Getúlio Vargas, onde os direitos do trabalhador foram bastante valorizados, além da urbanização dos centros urbanos, colocando algumas capitais na condição de polo industrial.
Mas o sonho de um Brasil melhor não dura muito, pelo menos até 1937 quando Getúlio institui uma ditadura. Com isso persegue opositores políticos e cria órgãos de censura, mas em 1945 ele é forçado pelos militares a renunciar. O presidente Getúlio volta ao poder, cinco anos depois em 1950, pelo voto do povo. Neste governo continuou com uma política nacionalista, criou a campanha do “petróleo é nosso” que resultaria na criação da Petrobrás. O governo de Getúlio Vargas é um verdadeiro paradoxo, apesar do autoritarismo, ele é responsável por importantes avanços nos direitos do povo.
O modelo de governo populista funcionou tão bem que foi utilizado pelos próximos presidentes eleitos, Juscelino Kubischek e João Goulart. Só é interrompido com o golpe militar de 1964, onde os militares assumiram o poder por meio de um golpe e governaram o país nos 21 anos seguintes. A ditadura restringiu o exercício da cidadania e reprimiu com violência todos os movimentos