Democracia no Brasil

No Brasil, a implementação da democracia foi um processo difícil e conturbado. No período colonial, a prática dos direitos políticos era restringida apenas à uma pequena parcela da população que eram considerados os ‘’homens bons’’, caracterizando os grandes proprietários de terras no país. E eram estes que tomavam as decisões sobre as ocupações de cargos políticos, bem como sobre a validação de leis. Percebe-se deste modo, que os direitos políticos vigentes na época eram intimamente ligados com as elites, dando margem para a exclusão política.
No século XVIII, algumas revoltas coloniais foram fortemente influenciadas pelo iluminismo. Na Inconfidência Mineira, como exemplo, foi possível colocar em pauta um modelo de governo republicano. Muito embora tenha sido uma busca por direitos, não se pode dizer que estavam necessariamente buscando a democracia, pois tanto o escravismo quanto o voto censitário continuariam no novo regime, devido a interesses econômicos da elite brasileira.
O ideal republicano apareceu na segunda metade do século XIX, com o abolicionismo. Nesta época, reduziu-se ainda mais o direito ao voto e às instituições, pois passou a ser como requisito apenas pessoas alfabetizadas para eleger os representantes. Na Primeira República, ainda era visível a instabilidade política devido ao poder das oligarquias, o que foi um dos grandes fatores para a Revolução de 30, liderado por Vargas. Após 15 anos no poder, apenas em 1945 as eleições passaram a ocorrer sob a prática da cidadania.
A partir de 1945, o desenvolvimento econômico do Brasil caminhava juntamente com o crescimento dos problemas sociais, além da dívida externa ter crescido drasticamente. Assim, os partidos de esquerda e alguns movimentos sociais começaram a contestar por mudanças no cenário brasileiro.
Organizado pelos militares, em 1964 ocorreu o golpe militar, que por sua vez reduziu a liberdade democrática no Brasil. Ainda, conseguiram se instalar afirmando que os comunistas tomariam o