demencia de pick

De acordo com Caramellia e Barbosa (2002), os pacientes com suspeita diagnóstica de demência são atendidos com grande freqüência e esse fato está relacionado ao expressivo aumento da expectativa de vida da população mundial, com conseqüente elevação do número de casos de doenças crônico-degenerativas. A prevalência de demência duplica a cada cinco anos após os 60 anos. Demência pode ser definida como declínio de memória associado ao déficit de pelo menos uma função cognitiva como linguagem, gnosias, praxias ou funções executivas com intensidade suficiente para interferir no desempenho social ou profissional do indivíduo. O diagnóstico de demência apresenta o comprometimento da memória, embora essa função possa estar relativamente preservada nas fases s iniciais de algumas formas de demência, como a DFT. As demências frontotemporais (DFT) apresentam um quadro clínico característico, com alterações precoces de personalidade e de comportamento, além de alterações de linguagem, apresentando um caráter progressivo. As alterações de comportamento podem ser caracterizadas por isolamento social, apatia, perda de crítica, desinibição, impulsividade, irritabilidade, inflexibilidade mental e descuido da higiene pessoal, sintomas depressivos e estereotipias motoras. Nesse grupo de demências se encontra a demência de Pick. Na degeneração dos lobos frontais, na doença de Pick e na demência associada à doença do neurônio motor, ocorre comprometimento predominante de funções executivas com relativa preservação da memória Segundo Vieira (1996), a demência de Pick é um distúrbio demencial progressivo da meia-idade e velhice, apresenta uma grande deterioração emocional, alterações comportamentais e sociais. Essa demência predomina no sexo feminino e sua manifestação ocorre em torno dos 60 anos. Surgem mudanças afetivas, de personalidade e indiferença frente às obrigações e deveres, predominando a impulsividade e a compulsão pela comida. Embora as diferenças neuropatológicas entre