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GOLPE MILITAR
Para entender a forma que se deu a instauração da psicologia no Brasil, é extremamente necessário levar em conta seu contexto histórico, pois este determina os fatores que contribuíram ou atrapalharam no desenvolvimento da profissão. No caso da psicologia, dois anos após a sua regulamentação instaurou-se no Brasil um regime militar extremamente repressivo que retardou o avanço da psicologia através de mudanças na grade curricular do curso, realizada pelo Ministério da Educação.
As mudanças baseavam-se na valorização das Ciências Biológicas em detrimento as Ciências Humanas , principalmente Filosofia e Sociologia. Com essa mudança, a intenção do Estado era formar nas universidades , profissionais com pouco poder critico e questionador, o que era perfeito para os militares,pois assim estes estariam livres de criticas e possíveis revoltas sobre seu modo de governo. Outra mudança foi a inclusão no currículo mínimo a disciplina Psicologia Comunitária. O objetivo dos militares era o desenvolvimento de técnicas que possibilitam a manipulação de massas, afim de obter mas seguidores a prática do Estado.Outra medida repressora do Estado, foi dissolver o Departamento de psicologia da UNB(Universidade de Brasília) , que contava com um excelente corpo docente.
Apesar de toda censura sofrida pela a área de ensino, para a profissão este foi um período propício para o crescimento de sua atuação. Neste mesmo período houve um crescimento no número de instituições privadas com o curso de psicologia, no entanto, muitos deles de baixa qualidade, o que foi ruim para a ciência e profissão.
Desse instante até por volta de 1980, estudantes e professores do curso mantiveram discussões e elaboraram propostas para a reestruturação do currículo acadêmico, o que resultou no currículo atual.Estes constituíram-se também como campo de luta contra a ditadura militar e seu sistema repressor que impunha as universidades e a sociedade brasileira um controle