Células de manufatura por processo

1 – Justificativa

A placa de circuito impresso é uma placa fabricada em fenolite (material plástico industrial, utilizando como isolante elétrico), que possui a superfície coberta por uma fina película de cobre ou prata. Nessa película são desenhadas pistas condutoras que representam o circuito onde serão fixados componentes eletrônicos. Essas pistas podem ser desenhadas manualmente, em caso de protótipos para testes ou versão final que não exija alta qualidade, ou impressas na placa. Para a impressão das pistas condutoras na placa são utilizadas máquinas de impressão de solução fotossensível, que são “reveladas” à semelhança de fotografias. Com as pistas impressas na placa, esta é banhada em solução corrosiva e apenas a parte nua da placa se corrói, deixando as pistas de material condutor. A organização da produção utilizando células de manufatura por processo consiste em dividir o chão-de-fábrica em várias células, cada uma com um grupo de máquinas do mesmo tipo (realizam o mesmo processo), operadas por um único homem. Por exemplo, agrupando-se três máquinas de perfuração CNC (Comando Numérico Computadorizado), o operador pode dar as instruções para a primeira máquina e fixar uma peça nela. Enquanto a máquina realiza o processo automaticamente, ele programa a segunda máquina com outra peça e inicia seu funcionamento. Com as duas máquinas ainda em funcionamento, o operador programa a terceira máquina, com uma terceira peça. Quando ele termina a programação da terceira máquina e a aciona, a primeira máquina já terminou o processo, podendo receber uma nova peça. A finalidade é aproveitar o tempo-máquina, durante o qual o operador fica parado esperando a máquina completar automaticamente seu ciclo. As peças a serem trabalhadas simultaneamente devem ter aproximadamente a mesma duração de seus ciclos. Estudos feitos em indústrias de usinagem, de fabricação de coquilhas e de fabricação de machos, apresentaram ganhos impressionantes na produtividade (160%, 60%