Cultura

O problema da ligação entre o homem e os restantes animais tem sido tema constante nas ciências humanas. A partir de Darwin, deixou-se praticamente de duvidar da existência de tal relação. Mas no que respeita à natureza desta relação, o debate tem sido muito mais amplo. Consideram a evolução como um fluxo relativamente ininterrupto do processo biológico, e tem tendência a olhar para o homem apenas como uma das mais interessantes forma em que a vida se manifesta, entanto, se bem que os estudiosos das ciências sócias – psicólogos, sociólogos, especialistas em ciências politicas- não neguem a natureza animal do homem, revelaram a tendência de o considerar o único no seu gênero. O homem é um animal que consegue fabricar ferramentas, falar e criar símbolos. Só ele – concluindo à maneira de grande sumario – possui cultura.
A conciliação destes dois pontos de vista não tem sido fácil, especialmente numa disciplina como a antropologia. Por um lado os antropólogos tem sido principais estudiosos da evolução física dos seres humanos., surgiu o homem moderno destacando-se da categoria geral dos primatas. Por outro lado, os antropólogos tem sido os estudiosos por excelência da cultura, mesmo quando não sabiam exatamente o que exprimir por esse termo. Ao contrario do que acontecia com alguns biólogos, não podiam ignorar a vida cultural do homem. A consequência - pouco importa as vezes que foi ignorado por se considerar pouco importante, ou que ridicularizou considerando-se sem solução – tem chamado cada vez mais nossa atenção à medida que, fragmento após fragmento, se foi reconstruindo o processo da evolução do Homo sapiens.
Durante cerca da última metade do século XIX, a solução que prevalecia quanto ao problema da origem da cultura foi o que se poderia chamar a teoria do <<ponto critico>>. Este termo que foi adotado pelo decano da antropologia norte-americana. Alfred Kroeber, recentemente falecido, postula que o desenvolvimento da capacidade de adquirir