crítica a rawls

1445 palavras 6 páginas
Robert Nozick
“Uma crítica a Rawls”
Padronizar
Quase todos os princípios de justiça distributiva sugeridos são padronizados: a cada um segundo o seu mérito moral, ou as suas necessidades, ou o valor acrescentado, ou o seu esforço, ou a soma ponderada dos aspectos anteriores, e assim por diante. O princípio da titularidade que esboçámos não é padronizado. Não há qualquer dimensão natural ou soma ponderada ou combinação de um pequeno número de dimensões naturais que produzam as distribuições geradas de acordo com o princípio da titularidade. O conjunto de bens que se obtêm quando certas pessoas recebem os seus valores acrescentados, outras ganham ao jogo, outras recebem como parte do rendimento do seu parceiro, outras recebem ofertas de fundações, outras recebem juros de empréstimo, outras recebem ofertas de admiradores, outras recebem retorno de investimentos, outros constroem por si mesmos muito do que têm, outros encontram coisas, e assim por diante, não serão padronizadas. [...]
Pensar que a tarefa de uma teoria distributiva da justiça é preencher o espaço em branco em "a cada um de acordo com o seu ___" é estar predisposto a procurar um padrão; e o tratamento separado de "de cada um de acordo com o seu___" encara a produção e a distribuição como dois assuntos separados e independentes. Numa perspectiva da titularidade estas não são questões separadas. Quem quer que faça alguma coisa, tendo comprado ou contratado para esse fim quaisquer meios usados no processo (transferindo alguns dos seus bens em troca desses factores de cooperação), é o justo titular disso. A situação não é a de algo que foi adquirido, ficando em aberto a questão de saber quem o adquire. As coisas vêm ao mundo já ligadas às pessoas que têm direitos sobre elas. Do ponto de vista da concepção da titularidade histórica da justiça da posse, aqueles que insistem em completar "a cada um de acordo com o seu ___" tratam os objectos como se tivessem surgido de lado nenhum, a partir do nada. Uma

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